A região Nordeste produzia cana-de-açúcar,
assim sendo, passou a interessar aos holandeses – um povo que morava do outro
lado do Oceano Atlântico. As salinas e a grande quantidade de gado existente no
Rio Grande do Norte despertaram a cúbica dos holandeses. Por isso, eles
entraram em luta com o povo do Rio Grande do Norte, para dominá-lo. Em 1633, os
holandeses venceram a luta e tomaram o Porto do Reis Magos, construído no ano
de 1599 e ficaram durante um período de 20 anos. Eles mudaram o nome da cidade
do Natal para “Nova Amsterdã”. Espalharam-se pelo interior e tomaram conta de
Barra de Cunhaú, Uruaçu e Extremoz. Em 1654, depois de muita luta, portugueses
e índios rio-grandenses tendo à frente Antonio Felipe Camarão (índio Poti)
conseguiram expulsar os holandeses da Capitania do Rio Grande do Norte. Os
holandeses dominaram o Rio Grande do Norte no período de 12 de fevereiro de
1633 a 17 de fevereiro de 1654.
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sábado, 16 de junho de 2018
GOVERNADORES HOLANDESES DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE
GOVERNADORES
HOLANDESES DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE (1633 - 1654)
1 –
VERDOES – 12 DE DEZEMBRO DE 1633 A 1633
2 – JORIS GARSTMAN VAN
WERVE – 1633 A 1637
JORIS GARSTMAN
VAN WERWE
-Primeiro comandante da Fortaleza no período
holandês, em substituição a Pedro Mendes de Gouveia (V. “Pedro Mendes deouveia,”,
Século XVII). A rendição deu-se a 12.12.1633 e sua posse ocorreria 15, com a
praça fortificada já denominando-se “Kastel Keulen” (em homenagem ao Alto
Conselheiro da Companhia e superintendente da expedição Mathijs Van Keulen). A
princípio, recusara o posto; aceitou-o como missão, à exigência de Keulen.
Inteligente, teve bom desempenho: No governo da nova província holandesa foi
uma voz de equilíbrio e bom senso, contribuindo positivamente para firmar o
domínio da Companhia(Hélio Galvão, História da Fortaleza da Barra do Rio
Grande, p. 92). Nieuhof reputava-o homem de indiscutível valor militar, diz
aquele autor (op. cit., mesma página). Hábil, articulou a aliança com os
janduís, convidando o chefe tribal (V. “JANDUÍ”, Século XVI)a residir em Natal
e proporcionando ao seu filho, também de nome Janduí, uma viagem a Recife, de
onde retornaria acompanhado por destacados militares holandeses lhe fazendo as
honras. Vários selvagens, pouco a pouco, vieram do sertão e se aldearam às
margens do Potengi. Garstman (por alguns chamado Garsman e pelos portugueses
“Gusmão”(1)), associando-se ao conselheiro
Baltazar Wyntgens, adquiriria o Engenho Cunhaú, confiscado a Antônio de
Albuquerque e, posteriormente, outras propriedades, conforme vestígios
localizados em mapas da época (referidos por Cascudo e Galvão), também em
Canguaretama,além de uma casa em São Gonçalo: O diário de Johannes Hoeck
menciona uma casa sua destruída na várzea do Potengi (...), diz Hélio Galvão,
ib., mesma página. Casou-se com uma portuguesa, segundo Cascudo, ou brasileira,
conforme Galvão (este último esclarecendo que, para os holandeses, eram
indistintamente portugueses os nascidos em Portugal ou no Brasil filhos de
portugueses, sendo “brasilienses” apenas os índios nativos). A ausência de
registro dessa mulher inviabiliza, necessariamente, a efetiva comprovação de
sua nacionalidade, mas sabe-se que era filha de Lostau Navarro (V. “NAVARRO,
João Lostau”, Século XVI), natural do Reino de Navarra (Espanha). Sobre o
assunto, há ainda a seguinte informação: (...) Na família Lopes Galvão,
radicada na área de ocupação flamenga, é corrente a tradição de que certa moça
dessa família se casou com o holandês Garstman, de onde se originou o ramo Gracisman
Galvão (Hélio Galvão, ib., p. 96). Em 1640 o português Luís Barbalho Bezerra,
desembarcando na Praia de Touros, forçoupassagem em direção a Salvador,
propósito a que Garstman,(...) com 60 holandeses e 200 indígenas-Diz Cascudo,
História do Rio Grande do Norte, p. 74 -, tentou debalde obstar, sendo preso e
conduzido à Bahia. Seria permutado a partir de negociações estabelecidas entre
o Marquês de Montalvão, então vice-rei, e o Conde Maurício de Nassau, por um
oficial português, sob a atenuante de “ser casado com mulher natural da terra”,
completa Cascudo (op. cit., p. 75). Mais tarde, logo após a sua promoção a
tenente-coronel (setembro de 1645), ocorreu o massacre de Uruaçu, no qual foi
assassinado, entre outros, o seu sogro, tornando-se inimigo mortal de Rabbi (V.
“RABBI, Jacob”, Século XVI), mentor da chacina. Este -Rabbi -seria emboscado e
morto em abril do ano seguinte e Garstman indiciado como mandante do crime.
Olavo de Medeiros Filho, abordando o assunto (No Rastro dos Flamengos, pp.
43-44) relata que Garstman teria mantido conversas com Wilhelm Jansen
(ex-alferes na Capitania do Rio Grande), tendo como testemunha o seu
secretário, Wilhelm Beck, e com Roulox Baro, esta na presença de Pieter Bas,nas
quais propusera o assassinato de Rabbi. Segundo o historiador ambos se negaram,
um por escrúpulos de consciência e outro, Roulox Baro, por não se tratar de
ordem expressa do Alto Conselho. Outro aceitaria a incumbência: Apurou-se do
inquérito que, cumprindo ordens do seu superior, coronel Garstman, o alferes
Jacques Boulan mandara dois soldados executar o crime, que se deu no dia 5 de
abril de 1646, a três léguas de Natal, quando a vítima saía da casa de Johan
Muller, onde estivera com o referido coronel e outras pessoas(Tavares de Lira,
História do Rio Grande do Norte, p. 84). Este fato ocasionou o rompimento com
os janduís, que tinham Rabbi em alta conta. Escapou do processo, embora
comprovada a sua culpa, tão somente lhe acarretando o rebaixamento do posto
(voltou a ser major). Entre 1649 e 1654 dirigiu a Milícia do Ceará, quando
deu-se a rendição em Recife. Entregou o Forte de São Sebastião ao delegado
português e partiu, no rumo das Antilhas. Contrairia uma moléstia a bordo,
vindo a falecer na Martinica.
(1)A grafia certa é Garstman,
segundo Barléus, Nieuhof, Laet (...) e, posteriormente, Varnhagen, Netscher,
Watjen. O Journal de Arnhem escreve Garsman - . Lopes de Santiago e Frei Rafael
de Jesus aportuguesam para Gusmão (Câmara Cascudo, ib., p. 7
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO. SITE DO GOVERNO RN E INTERNET
3 – CAPITÃO BRJLER (BRJTER)
1637 A 1939
4 CAPITÃO IOHANNES
BLAENKEECH – 1939 A 1946
5 – MAJOR COMELIUS BAYERT –
1946 A 1949
6 –
CAPITÃO JAN DENNIGER – 1949 A 17 DE FEVEREIRTO 1954
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