sábado, 16 de junho de 2018

GOVERNADORES HOLANDESES DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE


GOVERNADORES HOLANDESES DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE (1633 - 1654)

1 – VERDOES – 12 DE DEZEMBRO DE 1633 A 1633
2 – JORIS GARSTMAN VAN WERVE – 1633 A 1637
JORIS GARSTMAN VAN WERWE
 -Primeiro comandante da Fortaleza no período holandês, em substituição a Pedro Mendes de Gouveia (V. “Pedro Mendes deouveia,”, Século XVII). A rendição deu-se a 12.12.1633 e sua posse ocorreria 15, com a praça fortificada já denominando-se “Kastel Keulen” (em homenagem ao Alto Conselheiro da Companhia e superintendente da expedição Mathijs Van Keulen). A princípio, recusara o posto; aceitou-o como missão, à exigência de Keulen. Inteligente, teve bom desempenho: No governo da nova província holandesa foi uma voz de equilíbrio e bom senso, contribuindo positivamente para firmar o domínio da Companhia(Hélio Galvão, História da Fortaleza da Barra do Rio Grande, p. 92). Nieuhof reputava-o homem de indiscutível valor militar, diz aquele autor (op. cit., mesma página). Hábil, articulou a aliança com os janduís, convidando o chefe tribal (V. “JANDUÍ”, Século XVI)a residir em Natal e proporcionando ao seu filho, também de nome Janduí, uma viagem a Recife, de onde retornaria acompanhado por destacados militares holandeses lhe fazendo as honras. Vários selvagens, pouco a pouco, vieram do sertão e se aldearam às margens do Potengi. Garstman (por alguns chamado Garsman e pelos portugueses “Gusmão”(1)), associando-se ao conselheiro Baltazar Wyntgens, adquiriria o Engenho Cunhaú, confiscado a Antônio de Albuquerque e, posteriormente, outras propriedades, conforme vestígios localizados em mapas da época (referidos por Cascudo e Galvão), também em Canguaretama,além de uma casa em São Gonçalo: O diário de Johannes Hoeck menciona uma casa sua destruída na várzea do Potengi (...), diz Hélio Galvão, ib., mesma página. Casou-se com uma portuguesa, segundo Cascudo, ou brasileira, conforme Galvão (este último esclarecendo que, para os holandeses, eram indistintamente portugueses os nascidos em Portugal ou no Brasil filhos de portugueses, sendo “brasilienses” apenas os índios nativos). A ausência de registro dessa mulher inviabiliza, necessariamente, a efetiva comprovação de sua nacionalidade, mas sabe-se que era filha de Lostau Navarro (V. “NAVARRO, João Lostau”, Século XVI), natural do Reino de Navarra (Espanha). Sobre o assunto, há ainda a seguinte informação: (...) Na família Lopes Galvão, radicada na área de ocupação flamenga, é corrente a tradição de que certa moça dessa família se casou com o holandês Garstman, de onde se originou o ramo Gracisman Galvão (Hélio Galvão, ib., p. 96). Em 1640 o português Luís Barbalho Bezerra, desembarcando na Praia de Touros, forçoupassagem em direção a Salvador, propósito a que Garstman,(...) com 60 holandeses e 200 indígenas-Diz Cascudo, História do Rio Grande do Norte, p. 74 -, tentou debalde obstar, sendo preso e conduzido à Bahia. Seria permutado a partir de negociações estabelecidas entre o Marquês de Montalvão, então vice-rei, e o Conde Maurício de Nassau, por um oficial português, sob a atenuante de “ser casado com mulher natural da terra”, completa Cascudo (op. cit., p. 75). Mais tarde, logo após a sua promoção a tenente-coronel (setembro de 1645), ocorreu o massacre de Uruaçu, no qual foi assassinado, entre outros, o seu sogro, tornando-se inimigo mortal de Rabbi (V. “RABBI, Jacob”, Século XVI), mentor da chacina. Este -Rabbi -seria emboscado e morto em abril do ano seguinte e Garstman indiciado como mandante do crime. Olavo de Medeiros Filho, abordando o assunto (No Rastro dos Flamengos, pp. 43-44) relata que Garstman teria mantido conversas com Wilhelm Jansen (ex-alferes na Capitania do Rio Grande), tendo como testemunha o seu secretário, Wilhelm Beck, e com Roulox Baro, esta na presença de Pieter Bas,nas quais propusera o assassinato de Rabbi. Segundo o historiador ambos se negaram, um por escrúpulos de consciência e outro, Roulox Baro, por não se tratar de ordem expressa do Alto Conselho. Outro aceitaria a incumbência: Apurou-se do inquérito que, cumprindo ordens do seu superior, coronel Garstman, o alferes Jacques Boulan mandara dois soldados executar o crime, que se deu no dia 5 de abril de 1646, a três léguas de Natal, quando a vítima saía da casa de Johan Muller, onde estivera com o referido coronel e outras pessoas(Tavares de Lira, História do Rio Grande do Norte, p. 84). Este fato ocasionou o rompimento com os janduís, que tinham Rabbi em alta conta. Escapou do processo, embora comprovada a sua culpa, tão somente lhe acarretando o rebaixamento do posto (voltou a ser major). Entre 1649 e 1654 dirigiu a Milícia do Ceará, quando deu-se a rendição em Recife. Entregou o Forte de São Sebastião ao delegado português e partiu, no rumo das Antilhas. Contrairia uma moléstia a bordo, vindo a falecer na Martinica.
(1)A grafia certa é Garstman, segundo Barléus, Nieuhof, Laet (...) e, posteriormente, Varnhagen, Netscher, Watjen. O Journal de Arnhem escreve Garsman - . Lopes de Santiago e Frei Rafael de Jesus aportuguesam para Gusmão (Câmara Cascudo, ib., p. 7

FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO. SITE DO GOVERNO RN E INTERNET
3 – CAPITÃO BRJLER (BRJTER) 1637 A 1939
4 CAPITÃO IOHANNES BLAENKEECH – 1939 A 1946
5 – MAJOR COMELIUS BAYERT – 1946 A 1949
6 – CAPITÃO JAN DENNIGER – 1949 A 17 DE FEVEREIRTO 1954

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